terça-feira, 31 de março de 2009

Diário de guerra: Lian Mac'Allister


Lockfall, 5º de Malleus, Ashtoven de 6o4 D.R

A primeira vez que vi Lian, na sala de recepção do prefeito Leon, ele não me impressionou de forma alguma, estava claro para mim que era apenas um rapazote gozando da fama de seu pai e que só estava ali porque era namoradinho da filha do prefeito.

Para eu lembrar que até mesmo eu posso me enganar!

A primeira vez que vi Lian em combate foi quando eu percebi a dimensão de meu engano. Ele estava cercado de bandoleiros, e gritava, e matava e estava feliz. Em sua mão direita segurava uma pistola militar, mas ela parecia muito mais um canhão, ao invés de balas, brilhos cegantes eram disparados, e quando estes tocavam o inimigo, era morte certa.

É claro que já tinha ouvido falar desses magos-pistoleiros, que eram pessoas que faziam uma ligação arcana com sua arma e, conseqüentemente, podiam conjurar magias poderosas através desta. Mas ouvir falar é uma coisa, ver é outra completamente diferente. Não sei qual a verdadeira natureza desta ligação, uma vez, uma professora e amiga minha, Illone, diretora da Universidade de Magia de Corvis havia tentado me explicar, mas eu não prestei muita atenção. Devia ter prestado (hehe).

De qualquer maneira, Lian Mac’Allister, filho do grande professor de necromância Lael Mac’Allister, é um desses homens tocados pelo “espírito da arma”. Mas fora de combate ele é calmo, educado e prestativo. Carrega consigo um fascínio pelo povo feérico, que pode ser sua glória ou sua ruína. Homem de inteligência e clareza de vista raros, poderia muito bem estar numa das cortes de Caspia por sua fala mansa e eloqüência apurada, mas eu sei o que ele quer: conhecimento, do tipo que não se encontra em corte nenhuma
Com esse epírito desbravador, Lian se tornará uma peça chave no grupo especial que montarei, se ele sobreviver até La.

Capitão Vincet Naylor

Diário de guerra: Slever Kelever


Lockfall, 5º de Malleus, Ashtoven de 6o4 D.R

Há algum tempo atrás tinha ouvido falar de um bom policial de Corvis, a cidade cinzenta, que havia caído durante um confronto com os Grifos Negros. Disseram-me que daquele bom homem não havia restado mais nada, senão um ronin desgarrado, apenas a sombra de um homem que fora outrora. Que surpresa a minha quando o meu caminho cruzou com o deste homem, Slever Kelever.
Durante a confusão do roubo dos papéis do projeto GV-09, conheci este homem, ele salvou minha vida na ocasião (pelo menos assim me disseram, eu havia bebido muito naquele dia). Um bando de bandidos, liderados por um elfo, havia parado nossa caravana para roubar os papéis do projeto, Thomas, meu aprendiz deu cabo de boa parte deles, mas a outra parte foi derrotada por esse homem. Enfim...

Slever era um bom policial de Corvis, com uma ficha limpa e com boas referências, mas algo aconteceu a ele. Logo depois desse episódio misterioso Slever abandonou a guarda e virou um caça-recompensa, levando uma vida desregrada e errante.
Slever é um ótimo guerreiro, derrotou um dos Escudos Negros com as mãos nuas, mas se puserem uma pistola em sua mão ele vira o diabo em pessoa. Sua pontaria, velocidade de tiro e postura diante da betalha torna ele um aliado valoroso e um inimigo temível, mas ele tem uma fraqueza...

Slever ainda acha que pode jogar pelas regras, apesar de não usar distintivo se porta com um policial. Mais cedo ou mais tarde ele vai perceber que não estamos correndo atrás de bandidos, que os homens contra os quais lutamos não são, necessariamente, maus e que virão certos momentos em que teremos que atravessar a linha da moralidade para conseguirmos o que queremos.

Enquanto ele não entender que isso é uma guerra, enquanto ele não entender que agora ele é um soldado e que precisa se portar como um soldado, ele não estará completamente pronto para o que está por vir.

Capitão Vincent Naylor

Diário de guerra: Olagaz Raiuga




Lockfall, 4º de Malleus, Ashtoven de 6o4 D.R

Já faz alguns dias que tenho observado esse rapaz, Raiuga, bem de perto. Ele apareceu para nós logo após eu ter sido baleado por um atirador dos Escudos Negros e foi de extrema importância, tanto para a captura, quanto para os eventos catastróficos que estavam por vir. Posso até mesmo dizer com certa segurança que ele foi primordial para a nossa vitória. Que ele é valoroso, todos já sabem, mas de onde veio? O que ele almeja?

Mesmo agora, após ter todos os relatórios de meus informantes em mão, eu fico com essa sensação de que algo me escapa. Sabemos que nasceu na cidade perolada de Cáspia, capital de Cygnar, nosso reino; e também que é filho único do grande Marechal Noslia Raiuga, desaparecido há algum tempo. Mas ao mesmo tempo em que sua face espelha a face de seu pai, seus atos são completamente diferente. Passou por várias prisões e foi condenado várias vezes por infrações menores, mas todos relatórios terminam da mesma forma, fuga antes do cumprimento da pena.

Raiuga é ligeiro com as mãos, com a mente e com a língua. Seus olhos parecem estar sempre de prontidão a todos os detalhes, mesmo quando aparenta cansaço ou desânimo, seus olhos continuam a emanar um brilho vivo e atento. Pelo que pude perceber, não é um guerreiro muito hábil, mas compensa suas falhas com velocidade e esperteza. Segundo os relatos dos que o viram em ação, ele também possui grande conhecimento sobre gatilhos mekanicos e um pouco (porém útil) de conhecimento sobre ilusões menores (será que era um aspirante a mago antes de tomar a estrada?).

De qualquer maneira, ele tem se provado leal e útil nesses últimos tempos. Penso seriamente em chamá-lo para fazer parte do grupo de operações especiais que estou montando, mas vamos ver. Algo me diz que esse garoto se tornará um grande herói no futuro, espero que não morra antes disso.

Capitão Vincent Naylor.

canto de immorien

formosa terra de immorien/
lar de guerreiros belicosos/
jovens formosas/
e petiscos deliciosos/
terra de immorien/
por ti lutarei/

formosa terra minha/
onde peranbulam o povo anão/
os nobres ogruns/
servindo-se de fogo e carvão/
terra de immorien/
por ti lutarei/

formosa e amarga terra/
onde nas mais densa florestas/
se escondem o povo feérico/
com suas mortíferas setas/
terra de immorien/
por ti lutarei/

formosos campos floridos/
onde a bota pisa/
deixa o chao ferido/
onde batalhas de milhares/
ocorrem sob o olhar lívido/
formos immorien/
por ti morrerei/